O que é Mama Tuberosa?
A mama tuberosa, também chamada de mama constrita, é uma condição presente desde o nascimento que afeta a forma e o tamanho das mamas de algumas mulheres. A característica principal dessa condição é a forma tubular das mamas, que são mais estreitas na base (parte inferior da mama) e apresentam uma protuberância no mamilo. Esse formato é resultado de uma anomalia no desenvolvimento da glândula mamária, que causa um apertamento do tecido glandular na parte inferior da mama e um alongamento na região central do mamilo.
Embora a mama tuberosa não seja uma condição que coloque em risco a saúde da mulher, ela pode causar constrangimento e insatisfação com a aparência do corpo. Felizmente, existem opções de tratamento para corrigir a deformidade, incluindo a cirurgia plástica. Neste texto, vamos explorar em detalhes a mama tuberosa e como a cirurgia plástica pode ajudar a corrigir a aparência das mamas.
Afinal, o que causa mama tuberosa?
A mama tuberosa é uma condição relativamente rara que, apesar de estar presente desde o nascimento, geralmente é percebida somente na idade reprodutiva quando ocorre o desenvolvimento completo da mama. Além disso, ela pode se manifestar em um ou nos dois seios e embora a causa exata da mama tuberosa ainda não seja totalmente compreendida, há evidências que sugerem uma predisposição genética.
A anormalidade presente na mama tuberosa é um anel fibroso constritor ao redor da aréola. Esse anel pode ser completo ou parcial e se extende para parte inferior da mama. O resultado é uma incapacidade de crescimento mamário na parte inferior e uma protuberância glandular da região central da mama, aonde se encontra a aréola, por dentro do anel. A mama tuberosa não é considerada uma condição grave, mas pode ter um impacto significativo na autoestima e qualidade de vida das mulheres afetadas.
Como é classificada a Mama Tuberosa?
A classificação de Grolleau é usada para descrever a mama tuberosa. Essa classificação divide a mama em quatro tipos, com base na gravidade da deformidade:
Tipo 1 – Leve
Nesse tipo, a mama apresenta uma leve assimetria, com um sulco inframamário elevado e uma aréola ligeiramente herniada.
Tipo 2 – Moderado
Aqui, a deformidade é mais acentuada, com um sulco inframamário mais elevado e uma aréola mais herniada. Além disso, a mama é menos projetada e tem uma base mais estreita.
Tipo 3 – Grave
A deformidade é ainda mais acentuada, com um sulco inframamário muito elevado e uma aréola fortemente herniada. A base da mama é muito estreita e a projeção é mínima.
Tipo 4 – Muito grave
Nesta classificação a deformidade é a mais acentuada de todas, com um sulco inframamário extremamente elevado e uma aréola muito herniada. A base da mama é extremamente estreita e a mama tem uma projeção mínima.
A classificação de Grolleau é útil para determinar o tratamento adequado para a mama tuberosa.
Como saber se eu tenho Mama Tuberosa?
O diagnóstico da mama tuberosa é essencialmente clínico, através de um exame físico realizado por um médico especialista, como um ginecologista, um mastologista ou um cirurgião plástico. Além disso, podem ser realizados exames de imagem, como mamografia, ultrassom ou ressonância magnética para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da deformidade.
Durante o exame físico, o médico procurará por sinais da mama tuberosa, como:
- Sulco inframamário elevado
- Aréolas herniadas
- Mamas com formato cônico
- Parte inferior da mama com pouca projeção ou volume
Qual o tratamento para Mama Tuberosa?
A correção da mama tuberosa é frequentemente realizada por meio de tratamento cirúrgico. As técnicas utilizadas incluem mamoplastia de aumento com implantes mamários, mastopexia (levantamento da mama), enxerto de gordura, retalho glandular e incisões de liberação do polo inferior. Essas técnicas podem ser utilizadas isoladamente ou em combinação, dependendo da gravidade do caso e das necessidades do paciente.
Prótese de Mama
A cirurgia de implante de prótese mamária é a técnica mais comum utilizada para tratar a mama tuberosa. Essa técnica permite corrigir a falta de volume na parte inferior da mama. É importante que tanto o cirurgião quanto o paciente compreendam as particularidades envolvidas nesse tipo de cirurgia para que os resultados sejam satisfatórios.
O cirurgião deve identificar a mama tuberosa e realizar as correções necessárias durante o procedimento, enquanto o paciente deve entender que os resultados podem ser limitados em comparação com casos de mamas não deformadas.
A principal meta da cirurgia é abaixar o sulco mamário, que costuma estar elevado na mama tuberosa, e expandir o polo inferior da mama, que costuma estar constrito. Além disso, outras manobras podem ser necessárias, como retalhos, mastopexias, enxerto de gordura e incisões liberadoras do polo inferior, de acordo com a gravidade e as características específicas de cada caso.
Mastopexia
A mastopexia pode ser indicada em combinação com a cirurgia de implante de prótese mamária nos casos em que a paciente apresenta queda da aréola, excesso de pele, flacidez e protuberância central da aréola moderada a intensa. A mastopexia permite um acesso mais amplo ao tecido mamário e, assim, possibilita uma correção mais completa, quando necessário
Enxerto de gordura
Pode ser usado para preencher áreas da mama que apresentam deficiência de tecido adiposo. Nessa técnica, a gordura é retirada de outras partes do corpo, purificada e injetada na mama para aumentar o volume.
Retalho glandular
É uma técnica mais complexa que envolve a remoção parcial da mama e a reconstrução da mesma com tecido glandular remanescente. Essa técnica é mais indicada para casos graves de mama tuberosa.
Incisões de liberação do polo inferior
São usadas para liberar o tecido fibrótico na parte inferior da mama e permitir que a mesma se expanda. Essa técnica é frequentemente usada em combinação com outras técnicas para corrigir a deformidade da mama tuberosa.
Antes de escolher a técnica cirúrgica mais adequada para a mama tuberosa, é importante discutir com um cirurgião plástico especializado e entender os riscos e benefícios de cada opção.
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