A mastopexia com prótese é uma das cirurgias plásticas mais procuradas por mulheres que desejam melhorar a aparência dos seios. Também conhecida como lifting de mama com implante, essa técnica combina a retirada do excesso de pele e a elevação da mama caída com a colocação de uma prótese de silicone, o que proporciona uma melhoria significativa no contorno e na firmeza dos seios.
Neste artigo, vamos explorar mais sobre a mastopexia com prótese, para que você possa entender melhor se essa é a opção certa para você.
A queda da mama ocorre devido à perda da elasticidade da pele, à redução da firmeza do tecido mamário (que é substituído por gordura ao longo do tempo) e ao enfraquecimento dos ligamentos que sustentam a mama. Essas condições podem ser agravadas por fatores como:
As mamas caídas apresentam características típicas, tais como:
A classificação de Regnault para ptose (queda) mamária leva em consideração a posição do mamilo em relação à linha inframamária. Existem três graus de ptose mamária de acordo com essa classificação:
É importante notar que, além da posição do mamilo, outros fatores, como a qualidade da pele e a quantidade de tecido mamário, também podem influenciar o grau de ptose mamária. A classificação de Regnault é uma das maneiras de avaliar a ptose mamária e cirurgiões plásticos frequentemente a utilizam para auxiliar na determinação do plano de tratamento mais adequado.
Embora os pacientes possam confundir a mastopexia e a mamoplastia redutora, essas cirurgias apresentam diferenças significativas. É comum utilizar o mesmo acesso ou corte cirúrgico para corrigir ambas as alterações, o que pode gerar ainda mais dúvidas. No caso da mastopexia, o objetivo principal é remover o excesso de pele e reposicionar os tecidos mamários, sem retirar muita glândula. Por outro lado, a mamoplastia redutora visa remover o excesso de tecido mamário e fazer uma pequena ressecção de pele para melhorar a forma e a posição das mamas.
A escolha entre realizar a mastopexia com ou sem prótese dependerá das necessidades e desejos de cada paciente. Porém, é importante destacar que ambos os procedimentos têm suas particularidades e indicações específicas. A indicação da mastopexia sem prótese é para casos de flacidez mamária, volume mamário normal e desejo de obter um resultado natural, com um colo mamário pouco acentuado.
Por outro lado, a indicação da mastopexia com prótese é para casos de flacidez associada à perda de volume mamário, desejo de obter uma mama arredondada, aumento de volume e colo mamário marcado. O cirurgião plástico irá avaliar cada caso individualmente e ajudar na escolha da melhor opção para a paciente, levando em consideração suas características anatômicas e expectativas estéticas.
A escolha da prótese mais indicada para mastopexia com prótese depende das características individuais da paciente, como quantidade e qualidade do tecido mamário, posição das aréolas e objetivos estéticos. Em geral, os cirurgiões indicam a prótese redonda para dar volume à parte superior da mama, enquanto a prótese anatômica pode ser preferível para obter uma aparência mais natural. O tamanho e perfil da prótese também são importantes na escolha. O cirurgião plástico poderá recomendar a melhor opção para cada caso durante a consulta. Abaixo vamos listar as principais variações da prótese mamária:
Prótese redonda: formato arredondado, colo mamário definido e as mais usadas no mundo todo.
Prótese anatômica: As próteses anatômicas, também conhecidas como próteses em formato de gota, imitam a forma natural da mama, apresentando uma projeção mais sutil na parte superior e uma aparência mais arredondada na parte inferior.
Prótese cônica: presença de maior volume na região central da mama deixando um formato, como o próprio nome diz cônico.
Superfície lisa: elas têm uma superfície lisa e polida, que permite que se movam livremente dentro do espaço criado pela cirurgia. Podem ter uma maior incidência de contratura capsular (formação de cicatriz excessiva ao redor da prótese) e por isso sua durabilidade é menor.
Superfície texturizada: as próteses com superfície texturizada têm uma superfície rugosa e áspera que se adere ao tecido circundante. Isso ajuda a manter a prótese no lugar e reduz o risco de deslocamento ou rotação. As próteses com superfície texturizada também têm uma menor incidência de contratura capsular. Atualmente são as mais utilizadas.
Superfície poliuretano: as próteses com superfície de poliuretano têm uma camada externa de espuma de poliuretano que ajuda a manter a prótese no lugar e reduz a incidência de contratura capsular. Essas próteses também têm uma incidência maior de complicações.
Subglandular: nesta técnica, a prótese é colocada abaixo da glândula mamária, mas acima do músculo peitoral maior. Esta técnica pode ser usada em pacientes com uma quantidade suficiente de tecido glandular para cobrir a prótese.
Subfascial: nesta técnica, a prótese é colocada abaixo da fáscia muscular, que é uma camada de tecido conectivo que envolve o músculo peitoral maior. Isso proporciona uma cobertura adicional sobre a prótese, o que pode proporcionar maior proteção e sustentação em relação ao plano subglandular
Submuscular: nesta técnica, a prótese é colocada abaixo do músculo peitoral maior. Isso fornece uma cobertura mais espessa sobre a prótese, o que pode ajudar a prevenir a visibilidade da prótese, dar maior suporte e sustentação além de uma aparência mais natural.
Dual plane: nesta técnica, a prótese é colocada em uma posição submuscular na parte superior da mama e em uma posição subglandular na parte inferior da mama. Isso permite que a prótese fique mais naturalmente integrada.
Perfil baixo: as próteses de perfil baixo têm uma base mais larga e achatada e uma altura pequena. Elas dão uma aparência mais suave e natural, com menos projeção e menos volume na parte superior da mama.
Perfil moderado: as próteses de perfil moderado têm uma base mais estreita e uma projeção (altura) moderada. Elas são adequadas para mulheres que querem uma aparência mais natural, mas com um pouco mais de volume na parte superior da mama.
Perfil alto: as próteses de perfil alto têm uma base mais estreita e uma projeção mais pronunciada, o que cria mais volume na parte superior da mama. Elas são adequadas para mulheres que querem uma aparência mais voluptuosa.
Perfil extra-alto: as próteses de perfil extra-alto têm uma base muito estreita e uma projeção muito pronunciada, o que cria uma aparência muito volumosa e projetada na parte superior da mama. Elas são adequadas para mulheres que desejam um resultado bem mais voluptuoso.
O plano dual plane é uma técnica recente bastante utilizada para a colocação de próteses mamárias em nossa prática cirúrgica. Nessa técnica, os cirurgiões inserem a prótese em posição submuscular na parte superior da mama e em posição subglandular na parte inferior da mama.
É importante compreender que a prótese abaixo da glândula mamária pode exercer um peso direto sobre o tecido mamário, que pode não ser capaz de suportar o peso e, assim, perder a sustentação, resultando em uma aparência indesejada do colo mamário. Além disso, a prótese acima do músculo pode ter maior mobilidade, comprometendo a qualidade do resultado.
Por outro lado, o plano dual plane tem se mostrado eficaz na redução do risco de visibilidade da prótese e de contratura capsular, além de oferecer maior sustentação para o implante e reduzir a mobilidade da prótese, atingindo resultados mais duradouros e satisfatórios. No entanto, como em qualquer cirurgia, é importante discutir com seu cirurgião plástico quaisquer preocupações e riscos potenciais antes de decidir sobre o plano de colocação de prótese mamária mais adequado para você.
O sutiã interno é uma técnica utilizada na mastopexia com prótese mamária para dar suporte e sustentação à mama após a cirurgia. Durante o procedimento, o cirurgião plástico remove o excesso de pele e tecido mamário, reposiciona a aréola e o mamilo, e insere a prótese mamária para dar volume e forma aos seios.
Após a colocação da prótese, é feita uma sutura interna no sulco mamário (parte mais inferior da mama) com fios resistentes para sustentar a mama e evitar que ela desça ou fique flácida. Essa sutura é realizada entre o tecido mamário e a fáscia do músculo peitoral, e pode ajudar a reduzir o risco de complicações, como a ptose (queda) da mama. O sutiã interno é utilizado em nossas cirurgias com prótese de mama.
Acesse nosso texto do blog sobre sutiã interno para mais detalhes aqui
A alça muscular de sustentação da prótese é um termo usado em cirurgia plástica mamária para descrever a capacidade do músculo peitoral de fornecer suporte e estabilidade à prótese mamária. Durante uma cirurgia de mama com prótese, o cirurgião pode posicionar o músculo peitoral de modo a envolver a prótese na região inferior e lateral, criando uma “alça” de suporte para a prótese e evitando seu deslocamento ou movimentação para baixo. A alça muscular de sustentação da prótese é parte importante da nossa técnica cirúrgica de plástica mamária com implante e pode ajudar a garantir um resultado estético e duradouro.
As mastopexias geralmente são realizadas com anestesia peridural e sedação, anestesia geral ou ainda local com sedação, dependendo da preferência do cirurgião e das necessidades do paciente. Antes da cirurgia, é realizada uma avaliação pré-operatória com o anestesista para definir o tipo de anestesia mais adequado, levando em consideração fatores como histórico médico, idade, peso, estado de saúde e outras condições médicas. Essa avaliação pré-operatória é fundamental para garantir a segurança e o conforto do paciente durante o procedimento.
A cirurgia de mastopexia com prótese tem duração média de 3 horas e 30 minutos. No entanto, é importante lembrar que o tempo total de permanência do paciente no centro cirúrgico pode ser maior, devido ao preparo pré-operatório e ao período de recuperação da anestesia após o procedimento.
O paciente geralmente recebe alta no dia seguinte à cirurgia de mastopexia com prótese, durante a manhã. Contudo, em casos de cirurgias realizadas no período da manhã, a alta pode ocorrer no final do mesmo dia.
Existem 4 tipos de cortes possíveis para a cirurgia de mastopexia, que variam de acordo com a intensidade da ptose e a quantidade de tecido a ser reposicionado. São eles:
As cicatrizes são permanentes e evoluem de forma única em cada paciente. Embora a grande maioria dos casos resultem em cicatrizes de excelente qualidade, alguns casos podem apresentar cicatrização inestética. Felizmente, existem recursos clínicos e cirúrgicos para melhorá-las.
É comum que as pacientes sintam alterações na sensibilidade da região da mama, incluindo a aréola e o mamilo. Isso ocorre devido ao deslocamento do tecido mamário e das terminações nervosas durante o procedimento cirúrgico. Embora seja esperado que a sensibilidade retorne gradualmente, algumas pacientes podem experimentar uma perda permanente ou alterações menores na sensibilidade, apesar de ser a minoria dos casos.. É importante discutir essas questões com o cirurgião plástico durante a consulta inicial para que as expectativas sejam adequadamente gerenciadas.
A mastopexia pode afetar a capacidade de amamentação. A técnica cirúrgica e a extensão da incisão podem influenciar na preservação das glândulas mamárias e ductos de leite. É esperado que haja uma redução da função e, em alguns casos, a paciente pode perder totalmente a capacidade de amamentar após a cirurgia.
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